Você sabe o que é alopecia androgenética? Ela é o tipo mais comum de queda de cabelo e afeta tanto homens quanto mulheres¹. Você é uma dessas pessoas?
Quem tem alopecia androgenética sabe bem que esse diagnóstico pode se tornar uma grande angústia. Isso porque, por ser uma doença crônica, a paciente pode ter a sensação de estar chovendo no molhado com seu tratamento, que parece nunca ter um fim e pior: parece que nenhum tratamento que ela faça vá impedir que ela chegue no que parece inevitável, a calvície.
Mas a luta não está perdida: a medicina e a ciência têm desenvolvido tratamentos cada vez melhores para controlar a alopecia androgenética. Hoje, vamos falar de alguns deles que fazemos na nossa clínica.
Antes, vamos entender um pouco mais sobre essa doença.
O que causa a alopecia androgenética?
A causa da alopecia androgenética é hereditária, ou seja, depende do nosso histórico familiar. Isso influencia a ação dos andrógenos – os hormônios masculinos.
De forma simplificada, nos fios de cabelo, a dihidrotestosterona (um andrógeno) se liga ao seu receptor específico, assim como uma chave e um cadeado.
Juntos, eles formam um complexo que ativa os genes responsáveis por transformar grandes folículos em folículos miniaturizados, ou seja, com o tempo, os fios de cabelo vão afinando, afinando, afinando, até que se tornam tão fracos que novos fios deixam de nascer e o couro cabeludo fica mais aparente.
Esse afinamento dos fios começa entre os 12 e 40 de idade. Homens e mulheres com esse diagnóstico apresentam maior quantidade do receptor de andrógeno nos folículos capilares frontais. Além disso, também apresentam mais enzimas chamadas de alfa-redutase, que são responsáveis por transformar a testosterona em dihidrotestosterona, o que torna os fios mais sensíveis ao afinamento.
Apesar de não ter cura, a alopecia androgenética tem CONTROLE. Ou seja, podemos evitar que mais cabelo caia, além de estimular o crescimento de novos fios. Portanto, não perca as esperanças!
Como tratar a alopecia androgenética?
Minoxidil
Os tratamentos mais conhecidos ² para a alopecia androgenética são o uso tópico de minoxidil ou de finasterida. Mas atenção: esses medicamentos devem ser prescritos por um médico.
Laser para alopecia androgenética
No laser de baixa intensidade, frações de luz atuam no couro cabeludo, de forma indolor e não invasiva, estimulando os folículos e ativando a microcirculação capilar, além de diminuir os radicais livres e aumentar o aporte de nutrientes para os fios. Tudo isso estimula o crescimento dos fios e o aumento de sua espessura.
Microagulhamento
Outro tratamento que vem sendo utilizado é o microagulhamento. Esta técnica minimamente invasiva consiste no uso de microagulhas que atingem até 200 mm de profundidade na pele do couro cabeludo.
O agulhamento induz a produção de colágeno, fatores de crescimento e a vascularização do tecido. Uma sessão dura entre 10 e 25 minutos, e uma pomada anestésica é utilizada para evitar que o paciente sinta dor.
Uma revisão ³, de 2020, reuniu estudos sobre o uso do microagulhamento no tratamento da alopecia androgenética. Os pesquisadores concluíram que esse procedimento pode aumentar a densidade, espessura e qualidade do cabelo, especialmente quando combinado com outros tratamentos, como o minoxidil.
Outra revisão ⁴, do mesmo ano, também aponta para a combinação de tratamentos como uma opção eficaz, segura e promissora no tratamento da alopecia androgenética.
System Pen – Drug Delivery
Essa é uma técnica que utiliza os microcanais formados pelo microagulhamento para depositar princípios ativos diretamente no bulbo capilar. As microagulhas também liberam substância que ajudam a potencializar o efeito de crescimento do cabelo.
Techno Injection Hair
Essa tecnologia nova permite aplicar os princípios ativos de forma precisa e milimetricamente calculada na derme do couro cabeludo de cada paciente. Isso melhora a biodisponibilidade de substâncias que são necessárias para estimular o crescimento do cabelo e também para evitar a queda.
Lembre-se: a alopecia androgenética não tem cura, mas tem CONTROLE. Por isso, quanto mais cedo você procurar ajuda de um dermatologista, melhores serão seus resultados.
Nada de pensar que fazer o tratamento é estar “chovendo no molhado” ou de perder as esperanças. Pelo contrário, o tratamento ajuda a impedir que os fios continuem afinando e pode estimular o crescimento de novos fios.
Não desista de você! Estamos juntos nessa.
Referências
¹ PRICE, Vera H. Androgenetic alopecia in women. In: Journal of Investigative Dermatology Symposium Proceedings. Elsevier, 2003. p. 24-27.
² ADIL, Areej; GODWIN, Marshall. The effectiveness of treatments for androgenetic alopecia: a systematic review and meta-analysis. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 77, n. 1, p. 136-141. e5, 2017.
³ OCAMPO‐GARZA, Sonia Sofia et al. Micro needling: A novel therapeutic approach for androgenetic alopecia, A Review of Literature. Dermatologic Therapy, v. 33, n. 6, p. e14267, 2020.
⁴ ZHOU, Yi et al. The effectiveness of combination therapies for androgenetic alopecia: A systematic review and meta‐analysis. Dermatologic Therapy, v. 33, n. 4, p. e13741, 2020.
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