A perda de xixi atrapalha a sua vida? Você gosta de dançar, mas agora procura evitar. Foi comemorar pulando e acabou ficando constrangida. Durante um exercício físico ou em um simples espirro ou tosse, você molhou a calcinha. O que todas essas situações têm em comum?
A perda involuntária de xixi acaba te limitando e você evita fazer pequenos esforços e tudo aquilo que gosta para evitar o constrangimento. Você se identifica com alguma dessas situações? A perda de xixi, chamada de incontinência urinária, nas mulheres mais velhas geralmente está relacionada com a menopausa¹.
Menopausa e perda de xixi
Durante a menopausa, muitas mudanças ocorrem no corpo da mulher²: ganho de peso, perda de libido, ressecamento vaginal, ondas de calor, insônia e incontinência urinária são algumas dessas alterações nada agradáveis. Todas elas se devem, principalmente à redução na produção de estrogênio³, o hormônio feminino, pelo corpo a partir da menopausa.
O estrogênio desempenha várias funções: além de regular a menstruação e de retardar a perda óssea, ele também ajuda a manter a bexiga funcionando adequadamente. Na menopausa, com a redução nos níveis de estrogênio, a musculatura pélvica se enfraquece e você já não consegue segurar seu xixi como antes.
A incontinência urinária é essa perda de controle da bexiga que resulta em uma perda de urina involuntária. Essa perda pode ser pequena — como algumas gotas ao rir, tossir ou fazer algum tipo de esforço físico — ou você pode sentir uma vontade repentina de fazer xixi e não consegue segurá-lo até chegar em um banheiro.
Isso ocorre, pois os músculos da bexiga contraem incorretamente ou perdem a capacidade de relaxar, e você acaba sentindo uma necessidade constante de urinar, mesmo quando sua bexiga está vazia. Em outro tipo de incontinência, ainda, a bexiga não esvazia totalmente, o que faz com que haja um gotejamento contínuo de urina.
Muitos fatores podem causar a incontinência urinária, entre eles, as alterações hormonais se destacam. Por isso, é frequente a ocorrência de perda de xixi em mulheres grávidas, no pós-parto e na menopausa.
Entre as mulheres na menopausa, um estudo apontou que cerca de 26,4%¹ sofrem com a incontinência urinária. Além disso, a incontinência diária estava presente em mulheres na pós-menopausa duas vezes mais do que antes da menopausa e o risco de desenvolvê-la aumenta com o avanço da idade⁴. Curiosamente, poucas mulheres consultam o ginecologista para tratar sobre esse assunto.
Causas e tratamentos para a perda de xixi
Além da menopausa, outros fatores podem causar ou agravar a incontinência urinária, como beber álcool ou café (que aumenta a frequência com que urinamos), infecções no trato urinário, uso de medicamentos como diuréticos, prisão de ventre e sobrepeso, que afetam o controle da bexiga.
No entanto, já existem muitos tratamentos disponíveis para a perda de xixi, indo desde mudanças de estilo de vida, medicamentos orais, exercícios⁵ (que abordaremos em outro texto aqui do blog!), uso de cremes com hormônios, dispositivo inserido na vagina (para ajudar a reposicionar a uretra a fim de reduzir o vazamento), laser e, até mesmo, cirurgia.
Mas não se esqueça: somos únicos! Por isso, a análise individual de cada paciente é necessária para sabermos qual a melhor associação de tratamentos para você, pois depende do seu tipo de incontinência e dos fatores que a estão causando.
O laser de CO2 fracionado, por exemplo, é uma alternativa rápida e indolor, que utiliza o calor para promover a formação de mais colágeno. Com isso há uma melhora da elasticidade e da rigidez da vagina e uma redução da flacidez, que combate a incontinência urinária, sem precisar usar hormônios!
O calor também estimula a revascularização e a lubrificação, combatendo o ressecamento e devolvendo a umidade ao canal vaginal. Para saber mais sobre esse laser, confira o setor de ginecologia da nossa clínica!
Viva a vida!
Procure um médico para gerenciar, interromper e até prevenir a incontinência urinária.
Não se conforme de não poder mais dançar, se exercitar ou fazer o que você gosta — os exercícios, aliás, são uma ótima opção para ajudar a aliviar muitos sintomas da menopausa.
Envelhecer não deve ser entendido como se adaptar a uma vida mais limitada e a perda de xixi não deve ser encarada como mais um efeito colateral da menopausa. Você pode e deve continuar tendo sua qualidade de vida e voltar a se divertir!
¹ REKERS, H. et al. The menopause, urinary incontinence and other symptoms of the genito-urinary tract. Maturitas, v. 15, n. 2, p. 101-111, 1992.
² BRUCE, Deborah; RYMER, Janice. Symptoms of the menopause. Best practice & research Clinical obstetrics & gynaecology, v. 23, n. 1, p. 25-32, 2009.
³ POTTER, N.; PANAY, N. Vaginal lubricants and moisturizers: a review into use, efficacy, and safety. Climacteric, v. 24, n. 1, p. 19-24, 2021.
⁴ PARAZZINI, Fabio et al. Risk factors for urinary incontinence in women. European urology, v. 37, n. 6, p. 637-643, 2000.
⁵ CODY, June D. et al. Oestrogen therapy for urinary incontinence in post‐menopausal women. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 10, 2012.
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